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domingo, 14 de julho de 2019

ANA LIMA PIMENTEL



 Nascida aos 16 de maio de 1882, no Assú e falecida
em Natal, no dia 18 de janeiro de 1918



RIMAS ALEGRES



Dorme minha alma sorrindo
Da esperança no regaço,
E sonha que estão fugindo
Pelo doce azul do espaço
Suas crenças perfumosas,
Como pétalas de rosas.

Não vês dos sonhos na calma
Desabrocharem meus versos?
Eles são as flores da alma
Da lira sutis dispersos!
Quero embalar-te os ouvidos,
Nestes harpejos queridos!

Nunca sofri dissabores,
Não sei se existe amargura,
Passo uma vida de flores,
De moça a vida mais pura.
Me alente o canto das rimas...
Com teu sorriso me animas.

Leio o futuro ridente
Na cor dos olhares teu!
E sei dizer, docemente,
Todos os dias: meu Deus!
Fazei permanente a origem
Dos róseos sonhos da virgem ...

Cerca-me o zelo paterno,
Tenho as maternas carícias,
Do lar ao aconchego terno
Canto venturas, delícias!
São tão formosos e tantos,
De minha vida os encantos...

Creio nas louras quimeras
Filhas diletas do amor;
Minhas gentis primaveras
Da adolescência na flor,
Não me mentem enganosas,
Sim, me sorriem ditosas!

Estas estrofes singelas
Não pensem ser ilusão,
São elas todas estrelas
Do céu do meu coração.
Primor que a vida matiza
E o meu viver sintetiza.

MANOEL TEOTÔNIO FREIRE JÚNIOR


 Poeta, escritor e jornalista norte-riograndense, nascido no Acari,
fundador da Academia de Letras de Pernambucano.



DIVINA VOZ




Se tua voz em Arias cristalina
Soltas, eu ouço um violino.
As notas Gemem, soluçam mil canções ignotas
Que saltitam febris das cordas finas.

Súbito o arco para as peregrinas
Escalas se esvaecem. Como gotas
De luz me vêm, das regiões remotas,
Nuns pizzicatos, duelas mil divinas.

Teus lábios são um violino: canta!
Geme, anseia, soluça e freme...
Deixa Desatar-se esta voz que me quebranta.

E, num desmaio vago de desejos,
Para somente esta sutil indica,
Quando eu fechar-te os lábios com meus beijos.


___________
Publicado no Almanak de Pernambuco para o Anno de 1894, pág. 119.

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