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terça-feira, 27 de março de 2012

NORTERIOGRANDENSES ILUSTRES

ALMINO ÁLVARES AFONSO

José Ozildo dos Santos
Advogado, jornalista, tribuno, poeta e historiógrafo, nasceu a 17 de abril de 1840, no Sítio Coroatá, proximidades da localidade ‘Patú de Dentro’, em território do antigo município de Martins, no Oeste norte-riograndense, sendo filho do casal Francisco Manoel Álvares Afonso e Luiza Cândida Teles de Menezes. Aos oito anos de idade, ficou órfão de pai.
Possuidor de uma inteligência fora do comum, ainda menino tornou-se professor de primeiras letras, encantando com seu saber, modos e hábitos. Inicialmente, lecionou em Caraúbas. Mais tarde, em Catolé do Rocha, na Paraíba, retornando a Martins. Falava fluentemente o francês e especializando-se na língua de Cícero, tornou-se um dos maiores latinistas que Rio Grande do Norte possuiu.
  Almino Álvares Afonso

Diplomado em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito do Recife, na turma de 1871, iniciou sua vida profissional como Promotor Público da Comarca de Independência - atual cidade de Guarabira - no interior da Paraíba. Posteriormente, transferiu-se para o Ceará, onde revelou-se hábil advogado, jornalista de combate e grande orador. Era Procurador Fiscal dos Feitos da Fazenda em Fortaleza, quando, em 1883, envolveu-se ativamente na campanha abolicionista, que, adquirindo proporções e importância, conseguiu a completa emancipação dos escravos existentes naquela província, muito antes da Lei Áurea, sendo exonerado de suas funções, por imposição do conselheiro Antônio Joaquim Rodrigues Júnior.
Possuidor de uma palavra vibrante, deu uma grande contribuição ao movimento abolicionista no Ceará e no Rio Grande do Norte. Em Mossoró, onde esteve em campanha, conquistou a cidade com seus discursos eloqüentes, redigindo a ata do 30 de setembro de 1883, que assinalou a extinção da escravatura naquele município.
Em Fortaleza, dirigiu o jornal ‘O Libertador’ e transferindo-se para Manaus (1884), ali reiniciou suas atividades profissionais. Diretor do jornal ‘O Rio Branco’, elegendo-se vereador, presidiu as sessões legislativas da Câmara Municipal de Manaus, durante o ano de 1887.
No último ano do período monárquico, aceitou e disputou sem êxito uma vaga à Assembléia Geral, pelo Rio Grande do Norte. Proclamada a Republica, foi por seus conterrâneos lembrado para a Constituinte, recebendo o apoio dos três agrupamentos que havia no Estado: o governista, o oposicionista e o católico. Eleito deputado, no pleito realizado a 15 de setembro de 1890, participou ativamente dos trabalhos constituintes.
Em 1894, elegeu-se Senador da República, para um mandato de nove anos e encontrava no exercício de suas funções, quando faleceu em Fortaleza, a 13 de janeiro de 1899. No Congresso Nacional, foi um grande defensor dos interesses do Rio Grande do Norte. Orador dos mais talentosos, sua vida, resume-se numa sucessão de combates.
Publicou: ‘Os Rodrigões do Império, ou Caráter da Única Monarquia Americana’ (Ceará, 1886) e ‘Uma Nota sobre os Quebra-Quilos da Paraíba do Norte’ (Fortaleza, 1875), este, com o pseudônimo de Philopoomen.
Patrono da cadeira nº 9, da Academia Norte-riograndense de Letras, em 1918, seu nome foi dado à antiga povoação de ‘Caeira’, posteriormente desmembrada do município de Patú e elevada à categoria de cidade, através da Lei Estadual nº 912, de 24 de novembro de 1953.

segunda-feira, 12 de março de 2012

NORTERIOGRANDENSES ILUSTRES - I

JOSÉ AUGUSTO DE MEDEIROS BEZERRA


José Ozildo dos Santos


             Político, magistrado, jornalista, educador, escritor e historiador, nasceu a 22 de setembro de 1884, em Caicó, Província do Rio Grande do Norte. Foram seus pais o professor Manoel Augusto Bezerra de Araújo e dona Cândida Olindina de Medeiros.
Em 1901, ingressou na tradicional Faculdade de Direito do Recife, diplomando-se em Ciências Jurídicas e Sociais a 1º de dezembro de 1905, sendo o orador de sua turma. Ainda acadêmico, foi nomeado inteiramente para ocupar o cargo de Procurador da República, na seccional do Rio Grande do Norte (1905).
Diplomado, durante o ano de 1906, lecionou História Geral e do Brasil, no Ateneu Norte-riograndense. Em 1907, transferiu-se para o Rio de Janeiro, após ser designado Fiscal Federal junto ao Colégio Abílio, na Praia do Botafogo. No ano seguinte, retornou à Natal, tornando-se professor de Geografia no Ateneu, do qual, dois anos mais tarde seria seu diretor.
Em princípios de 1911, ingressou na magistratura, sendo nomeado Juiz de Direito da Comarca de Caicó. Encontrava-se no exercício das referidas funções, quando, no ano seguinte, assumiu interinamente a Chefia de Polícia do Estado. Filiado ao Partido Republicano, elegeu-se deputado estadual à legislatura de 1913-1915.
Durante alguns meses, em 1914, foi Secretário Geral do Governo Ferreira Chaves. Eleito deputado federal, representou seu Estado na Câmara dos Deputados de 1915 a 1923. E, escolhido Governador, administrou o Rio Grande do Norte de 1º de janeiro de 1924 a 1º de janeiro de 1928.

José Augusto de Medeiros Bezerra

Em seu governo, trouxe para o Estado um plano de reformas gerais, remodelando e atualizando as repartições públicas, que lhe permitiu realizar uma excelente administração. Ao concluir seu governo, elegeu-se senador da República e reeleito em 1930, teve seu segundo mandato senatorial, prejudicado pela Revolução que eclodiu em finais daquele ano.
Em 1934, iniciado o processo de reconstitucionalização do país, fundou o Partido Popular e no ano seguinte, retornou à Câmara dos Deputados. Mas, novamente teve seu mandato parlamentar prejudicado, pelo Golpe do Estado Novo, a 10 de novembro de 1937. Em 1945, filiado aos quadros da União Nacional Democrática, retornou ao cenário político, eleito deputado à Assembléia Nacional Constituinte (1945).
Deputado dos mais atuantes, representou o Rio Grande do Norte no Parlamento Nacional até 1955, quando encerrou sua vida pública. Figuras da maior projeção nas letras, na educação e na política norte-riograndense, José Augusto de Bezerra Medeiros, faleceu no Rio de Janeiro, a 18 de maio de 1971.
Por seus conhecimentos e reconhecida cultura, recebeu inúmeros títulos honoríficos de instituições nacionais e estrangeiras. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, à Academia Norte-Riograndense de Letras e ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. No Rio de Janeiro, foi redator do ‘Diário de Noticias’, ‘O Jornal’ e ‘A Manhã’.
Escritor e historiador, publicou os seguintes livros: ‘Pela Educação Nacional’ (1918); ‘Eduquemo-nos’ (1922); ‘Aos Homens de Bem’ (1926); ‘A Representação Profissional nas Democracias’ (1933); ‘O Anteprojeto de Constituição em face da Democracia’ (1934); ‘Por que sou Parlamentarista’ (1936); ‘Famílias Seridoenses’ (1940); ‘O Sal e o Algodão na Economia Potiguar’ (1946); ‘Seridó’ (1954) e ‘A Federação Mundial’ (1954).

 

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