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sexta-feira, 21 de junho de 2013

RIVALDO DOLIVEIRA

Morre Professor Rivaldo, mestre da Vida

Rivaldo D’Oliveira, um dos fundadores da Escola Agrícola de Jundiaí, morre aos 85 anos vítima de uma arritmia cardíaca

20:25 14 de Junho de 2013
Cristina Vidal

Especial para o NOVO JORNAL

Será sepultado hoje, no Cemitério Morada da Paz, em Emaús, o professor Rivaldo D’Oliveira. Ele morreu na manhã de ontem, aos 85 anos, vítima de uma arritmia cardíaca quando se preparava para o café da manhã. A missa de corpo presente será realizada às 7h30 no Centro de Velório Morada da Paz, na Rua São José, de onde seguirá o cortejo para o enterro.

Foto: Cedida
Rivaldo com Terezinha, companheira por mais de 60 anos

Professor Rivaldo, como era chamado, fez história na Escola Agrícola de Jundiaí, onde foi um dos fundadores e lecionou por mais de trinta e cinco anos. A Escola de Jundiaí era motivo de orgulho para o professor e parte da sua vida. Sempre se referia com muito carinho e devoção à instituição onde, além de ensinar, exerceu funções de coordenação e administração.
E Rivaldo era lembrado com respeito por todos. Durante mais de seis décadas, fez questão de participar de todas as festas de ex-alunos. Mesmo aposentado, costumava colaborar com as atividades da Escola. E a EJA do Professor Rivaldo, o fazia vibrar com tudo que dizia respeito à instituição.
Rivaldo nasceu em Nova Cruz, ou “Novaca”, como se referia, em 06 de agosto de 1927. Filho de Fenelon D’Oliveira e Ana Bezerra de Oliveira, passou a infância ao lado dos seis irmãos na capital do Agreste.
Em 1946, fez exame para admissão no curso Técnico Agrícola da Escola de Agronomia do Nordeste, em Areia, na Paraíba. Lá, além de concluir o curso técnico, conheceu Terezinha, sua esposa e companheira por mais 60 anos.
Ainda solteiro, Rivaldo assumiu como professor na EJA. Em setembro de 1953, casou com Terezinha e passaram a residir na Escola. Isso acabou estreitando os laços de amizade com muitos de seus alunos.
Além da formação na escola técnica em Areia, Rivaldo também se formou bacharel em Geografia pela UFRN. Foi Diretor da Escola Comercial de Macaíba, da Escola Normal na mesma cidade e também substituto do Diretor da Escola de Jundiaí.
Também recebeu homenagens por sua história com a cidade de Macaíba. Recebeu o título de Cidadão Macaibense e o Diploma de Mérito Auta de Souza concedidos pela Câmara de Vereadores daquele município. Foi condecorado também com a Medalha do Mérito Augusto Tavares de Lyra, concedida pelo prefeito da cidade. Era membro Academia de Letras de Macaíba e do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. Em Natal, recebeu o Título de Mestre da Vida, pela Câmara de Vereadores no ano de 1999 e foi homenageado com o Prêmio Técnico Agrícola Potiguar por ocasião dos 25 Anos do Movimento Potiguar dos Técnicos Agrícolas.
Na literatura, publicou em 2009, o livro “Escola Agrícola de Jundiaí - Ontem, hoje e amanhã”, que conta os 60 anos de história da instituição.
Dos mais de 60 anos de união com Terezinha, Rivaldo teve dez filhos, sendo uma de coração, dezenove netos, três bisnetos, uma a caminho, e muitos amigos.

Testemunho
Obrigada, vovô

Eu tinha planejado escrever algo parecido com esse texto, uma homenagem simples, para as comemorações dos 60 anos de casados, bodas de diamante em setembro deste ano. Mas a vida mostrou que não é a gente que planeja ou ordena como ela deve seguir.
Mesmo assim, quero agradecer. Agradecer pela oportunidade do convívio com um homem que foi, é e vai continuar sendo um exemplo, não só para nossa família, mas para todos aqueles que também tiveram o privilégio de conviver com o Professor Rivaldo, nosso “seu Professorzinho”. Porque esse legado de conhecimento eu terei o cuidado de repassar para sua terceira bisneta, Maria Flor, que está chegando.
E eu tive vários privilégios enquanto neta. Oportunidades únicas que tenho certeza que não são todos que tem. A neta-jornalista teve a incumbência de entrevistar os avós em 2003, para escrever sobre a história deles na ocasião das comemorações de 50 anos de casados. E essa entrevista só fez crescer a admiração pelo exemplo de vida a dois que Rivaldo e Terezinha puderam desfrutar.
A neta-jornalista também teve o privilégio de fazer vezes de assessora de imprensa, e acompanhar o avô na gravação do programa Memória Viva, exibido pela TVU, em novembro de 2006. E através dos relatos de dois de seus grandes amigos, Diniz Pípolo e Damião Pita, conhecer mais sobre o homem que tantos admiravam.
A neta-jornalista teve o privilégio de poder entrevistar o avô num programa de rádio na CBN Natal, durante quase duas horas. E essa oportunidade valiosa serviu para reforçar o que eu já sabia: a admiração e respeito guardados por aqueles que puderam conviver com ele.
Porque eu também tive o privilégio de, ao fazer um curso de noivos na paróquia Santa Terezinha, assistir a um relato bem-humorado sobre nomes de crianças. E lembro com carinho quando, para exemplificar nomes bonitos, o avô puxou brasa para sua sardinha ao dizer: “Cristina é um nome simples, bonito. Nome de rainha, nome de santa”.
Um homem que dizia, com orgulho, ser homem de uma mulher só. Que, ao sentar para as refeições, chamava a esposa: “venha dona Terezinha, enfeitar esta mesa”.
Porque eu tive o privilégio de ser neta e conviver com um grande homem. Um pai que sempre se preocupou com a educação. Não só dos seus, mas dos outros também. Um homem que amava a geografia, a educação e a cultura como formas de ampliar conhecimentos. O homem que tinha em seu escritório em casa, mapas do Rio Grande do Norte, do Brasil e do mundo e que fazia questão de saber as capitais dos países menos conhecidos por nós. Um homem apaixonado pela Escola Agrícola de Jundiaí e orgulhoso por ter feito parte dessa história.
Um homem que amava ensinar. Que morando em Jundiaí, ensinava em Macaíba. E, mesmo com a suspensão do transporte dos professores pela prefeitura, ia a pé para a cidade, para não deixar os alunos sem aula. Um exemplo.
Parece que a genética se manifestou e acabei escrevendo demais. Tal qual o avô quando discursava, me estendi. Não esqueçamos o conselho dos discursos “sede breve e agradarás”.
E por vários outros motivos a neta-jornalista utiliza um momento de adeus para não deixar passar a gratidão. Obrigada, vovô.
Cristina D’Oliveira Vidal Bezerra.
http://www.novojornal.jor.br/_conteudo/2013/06/cidades/15439-morre-professor-rivaldo-mestre-da-vida.php

terça-feira, 10 de julho de 2012

DOM EUGÊNIO SALES MORRE AOS
91 ANOS DE IDADE

O CARDEAL DOM EUGÊNIO DE ARAÚJO SALES, arcebispo do Rio de Janeiro durante 30 anos, considerado por muitos anos o 'homem forte' da Igreja Católica no Brasil, morreu na noite desta segunda-feira, dia 9 de julho de 2012, em casa, após sofrer um infarto.
O religioso tinha 91 anos e foi considerado o principal porta-voz do papa João Paulo II no país. A causa de sua morte foi um infarto agudo no miocárdio, por volta das 22h30.
Dom Eugênio Sales era arcebispo emérito do Rio e chegou a ter seu nome citado como candidato a papa. Seu velório acontece nesta terça-feira, na Catedral Metropolitana de São Sebastião. O sepultamento acontecerá amanhã à tarde, no mesmo local, segundo a arquidiocese do Rio de Janeiro.
O governo do Rio de Janeiro decretou luto oficial de três dias em todo o Estado, em homenagem ao religioso.
Dom Eugênio Sales nasceu na cidade do Acari, no Rio Grande do Norte, em 8 de novembro de 1920 e ingressou no seminário 16 anos depois. Foi ordenado diácono em março de 1943, se tornando sacerdote oito meses depois.
Em agosto de 1954, aos 33 anos, foi nomeado bispo titular de Tibica e auxiliar de Natal pelo papa Pio XII. Foi administrador apostólico da arquidiocese de Natal entre 1962 e 1964 e da arquidiocese de Salvador entre 1964 e 1968, quando assumiu como arcebispo titular de Salvador.
No dia 13 de março de 1971 foi nomeado arcebispo do Rio de Janeiro, pelo então papa Paulo VI, ficando no cargo até julho de 2001, quando se retirou por motivos de saúde, após ter completado a idade obrigatória para a aposentadoria.
Em seus últimos anos como arcebispo foi considerado líder da ala conservadora da Igreja Católica, por sua defesa incansável da doutrina no país.
Na sua trajetória, no entanto, chegou a ser apontado como "bispo vermelho" após ter fundado numerosas comunidades de base e sindicatos rurais durante o regime militar. Pública ou secretamente, ajudou milhares de perseguidos políticos do Brasil e de países vizinhos. Também criou pastorais do episcopado voltado para presos, menores infratores e moradores de comunidades carentes.
Em maio de 2000, o Cardeal revelou que, entre 1976 e 1982, ajudou cerca de 5 mil perseguidos políticos do Cone Sul, em sua maioria argentinos, durante o regime militar brasileiro.
Dom Eugênio Sales contou que muitos deles foram hospedados em cerca de 80 apartamentos que a arquidiocese alugou para refugiá-los, enquanto outros obtiveram ajuda para se viajar para outros países. No entanto, o religioso garantiu que sua atuação era conhecida pelo regime militar e por agentes de inteligência de outros países que atuavam no Brasil.
Dom Eugênio Sales foi o principal organizador das visitas que o papa João Paulo II fez ao Brasil em 1980 e em 1997. Um de seus irmãos, Heitor de Araújo Sales, também seguiu a carreira religiosa e atualmente é arcebispo emérito de Natal.

domingo, 8 de julho de 2012

RONALDO CUNHA LIMA MORRE AOS 76 ANOS
(sábado, 7 de julho de 2012 )

Ex-governador da Paraíba lutava contra um câncer do pulmão e estava em coma induzido desde a última quinta-feira

Morreu neste sábado o ex-governador da Paraíba Ronaldo Cunha Lima, pai do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). Ex-vereador, ex-senador, ex-prefeito e ex-deputado federal, Ronaldo Cunha Lima lutava contra um câncer no pulmão desde o ano passado. A morte foi confirmada por Cássio Cunha Lima pelo Twitter. “Os Poetas não morrem! O Poeta Ronaldo Cunha Lima, após uma vida digna, descansou”, postou o senador.
Desde a última quinta-feira, Ronaldo Cunha Lima estava em coma induzido e morreu hoje pela manhã, aos 76 anos, na casa da família, em João Pessoa. O corpo do político será velado no Palácio da Redenção durante todo o dia e à noite segue para Campina Grande, onde será também velado no Parque do Povo. O enterro está marcado para amanhã, às 11h, no Cemitério Monte Santo.
O governo da Paraíba divulgou nota de pesar assinada pelo governador Ricardo Coutinho. “O governo da Paraíba lamenta o falecimento do ex-vereador, ex-prefeito, ex-deputado estadual, ex-senador, ex-governador e ex-deputado federal Ronaldo Cunha Lima. De formação humanista e inspiração lírica, o escritor e acadêmico, profundo conhecedor e seguidor de Augusto dos Anjos, usaria a advocacia e a política para o pragmatismo da vida, mas repousaria na poesia sua certeza de posteridade. Já era eterno antes de agora”, diz trecho da nota.

VIDA E CARREIRA

Ronaldo Cunha Lima nasceu na cidade de Guarabira, em 18 de março de 1936. Ainda jovem, mudou-se com a família para Campina Grande. Ronaldo formou-se em ciências jurídicas pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Paraíba, mas desde cedo a vocação para a política passou a marcar sua trajetória. Fez parte do Centro Estudantil Campinense, um verdadeiro celeiro de líderes políticos da região, chegando a ser vice-presidente da entidade.
Sua história política teve como palco principal a cidade de Campina Grande. Aos 23 anos ingressou na vida pública quando foi eleito vereador. Foram quase 50 anos de carreira política até a renúncia do mandato de deputado federal em 2007, último cargo público que exerceu. Ronaldo deixou o senador Cássio Cunha Lima, seu filho, como principal sucessor na política.
Ronaldo já assumiu cargos no legislativo e no executivo: foi deputado estadual por dois mandatos e em 1969 se elegeu prefeito de Campina Grande, mas teve seu mandato cassado pela ditadura militar. Em 1982 ele foi novamente eleito prefeito da cidade, pelo PMDB, e assumiu o cargo em 1983. No ano de 1990 foi eleito governador da Paraíba, cargo que deixou em 1994 para concorrer ao Senado Federal. Foi senador e em 2002 foi eleito deputado federal. Com problemas de saúde desde 1999, quando sofreu um acidente vascular cerebral, Ronaldo ainda ficou alguns anos na vida pública e deixou o Câmara Federal em 2007, quando exercia o segundo mandato.
A eleição de 1990 foi marcante na trajetória política de Ronaldo. Ele foi derrotado no primeiro turno por Wilson Braga, que já havia governado o estado, mas no segundo turno virou o jogo e venceu com uma diferença superior a 100 mil votos.

O POETA

Conhecido como “Poeta”, Ronaldo Cunha Lima também fez carreira como escritor e teve sua trajetória no cenário cultural imortalizada quando assumiu a cadeira de número 14 na Academia Paraibana de Letras em 1994. “A paixão dele pela poesia surgiu quando ele era criança. Isto porque o avô já era um exímio soletrista”, disse o jornalista Nonato Guedes, autor do livro “A Fala do Poder - Discursos comentados de governadores da Paraíba”.
Uma de suas principais paixões de Ronaldo na Literatura era a poesia do também paraibano Augusto dos Anjos, tanto que em 1988 participou e venceu o programa Sem Limite, da Rede Manchete, que fazia perguntas sobre a vida e obra de Augusto dos Anjos. O presidente da APL lamenta o fato de Ronaldo Cunha Lima ter enveredado pelo ramo da política. “É uma pena que o fascínio da política tenha exercido grande poder sobre a vocação do poeta”, disse Gonzaga Rodrigues.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

MORRE DOM JOSÉ FREIRE, BISPO EMÉRITO DE MOSSORÓ - RN

Dom José Freire de Oliveira

O bispo emérito de Mossoró (RN), Dom José Freire de Oliveira Neto, 83 anos, faleceu na madrugada de hoje, dia 10, no Hospital Wilson Rosado, vítima de uma parada cardíaca. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital desde o dia 31 de dezembro de 2011, em função de um AVC Hemorrágico.
O corpo de Dom José Freire será conduzido para o município de Apodi, sua cidade Natal, onde será velado até as primeiras horas da tarde de hoje.  O velório em Mossoró deve começar às 14h, na Catedral de Santa Luzia. Amanhã, às 9h, será celebrada a Missa de corpo presente e posteriormente realizado o sepultamento na própria Catedral.
Dom José Freire de Oliveira Neto, Bispo emérito, natural de Apodi- RN, nasceu aos 09 de março de 1928, filho de José Freire de Oliveira Neto e Francisca Celsa de Oliveira.
Nos anos de 1944 a 1949 fez curso ginasial no Seminário Santa Teresinha, em Mossoró. De 1950 a 1952 cursou Filosofia no Seminário Central de São Leopoldo- RS,seguindo, logo após, para Roma onde cursou Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana.
Aos 22 de setembro de 1956, foi ordenado presbítero, em Roma, por Dom Luís Luigi Traglia. Aos 03 de novembro de 1973, foi eleito Bispo Auxiliar de Mossoró, recebendo sagração episcopal aos 02 de junho de 1974, na Capela do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, em Roma; Sendo Dom Gentil Dinis Barreto, o bispo consagrante. No dia 18 de julho 1975, foi apresentado ao povo da Diocese de Mossoró, em solenidade na Catedral de Santa Luzia. Em 1979 foi nomeado bispo coadjutor. Assumiu interinamente o governo diocesano, aos 14 de março de 1984, por ocasião da renúncia de Dom Gentil Diniz Barreto.

Títulos Acadêmicos

Licenciatura em Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma- Itália.
Mestrado em Ciências da Educação, com especialização em Catequese, pela Pontifícia Universidade Salesiana de Roma.

Em Mossoró, desempenhou as seguintes funções: Professor, Capelão, Presidente do Instituto Amântino Câmara, Reitor do Seminário Santa Teresinha, Diretor do Colégio Diocesano Santa Luzia e Vigário Episcopal das Religiosas. Na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, desempenhou o cargo de Coordenador da Comissão de Catequese do Regional Nordeste II, da CNBB, composto das 20 dioceses que compreende as províncias eclesiásticas do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

sábado, 7 de janeiro de 2012

ENÉLIO PETROVICH


Nesta sexta-feira, dia 6 de janeiro de 2012, faleceu, em Natal-RN, o advogado e pesquisador Enélio Petrovich, aos 77 anos de idade.
Presidente perpétuo do Instituto Histórico Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) e membro da Academia Norteriograndense de Letras, Enélio sofreu um acidente vascular cerebral, no fim do ano passado. No entanto, embora tenha recebido alta, teve que retornar à Promater, onde faleceu ontem. A causa de sua morte ainda não foi revelada. O velório de Enélio Petrovich do será realizado nesta tarde na sede do IHGRN.


O ADEUS AO GUARDIÃO DA MEMÓRIA

Yuno Silva e Tádzio França

A clássica "Royal Cinema", composição do potiguar Tonheca Dantas, anunciou aos amigos e familiares que era chegada a hora do derradeiro adeus a Enélio Lima Petrovich, nome que entra para a história como o mais longevo dos gestores à frente de uma instituição pública no Estado. Lembrado por sua dedicação à preservação de documentos e registros históricos que guardam a memória social, cultural e política do RN, Petrovich fez questão de deixar escrito de próprio punho seu último pedido na contra-capa de um CD: "Para meu velório no salão nobre do IHG/RN. E quando? Só Deus sabe..."
Alex Régis

Morre o advogado e escritor Enélio Lima Petrovich. Ele esteve à frente, por quase cinco décadas, da mais antiga entidade do Estado, o Instituto Histórico e geográfico
Enélio tinha 77 anos, três filhos, sete netos, deixou viúva dona Miriam Petrovich e em setembro foi acometido por um AVC que o deixou fora do combate nas trincheiras da Cultura potiguar. Falecido na manhã de ontem, foi velado no salão nobre do lugar que mais amava estar: o Instituto Histórico e Geográfico do RN, entidade fundada em 1902 da qual esteve à frente por 49 anos completos - ou uma vida inteira de dedicação, que por sinal foi a palavra mais repetida na tarde de ontem: dedicação. Essa é a principal imagem que fica sobre seu trabalho. O enterro aconteceu ontem mesmo, no fim da tarde da própria sexta-feira, no Cemitério Morada da Paz.
Figura querida, transitava por vários círculos e seu velório recebeu a presença de acadêmicos, intelectuais, artistas, personalidades da política e da sociedade. Durante o período que esteve internado no hospital, cerca de três meses, o IHG/RN chegou a ser brevemente comandado pelo filho Célio Petrovich - que logo passou o bastão para o vice-presidente Jurandir Navarro após polêmica deflagrada no meio intelecto-cultural. "Estava aqui por um chamado dele, nunca confundi as coisas", disse. Navarro permanece no Cargo até o mês de março de 2013, quando haverá nova eleição.
"Acredito que a recuperação do acervo será o principal desafio da próxima diretoria", disse o escritor e pesquisador Cláudio Galvão, que declarou ser, "provavelmente", o amigo mais antigo presente no velório. Galvão, que conheceu Enélio há mais de 60 anos quando ainda eram adolescentes e moravam na rua Vigário Bartolomeu, sabe o que diz, pois contabiliza horas e horas de pesquisa nos arquivos do Instituto. "Muita coisa se perdeu pela deterioração natural, mas não podemos descartar o manuseio inadequado. Teve gente, inclusive, que chegou a rasgar alguns jornais antigos, material raro do século 19. Mas sei e tenho certeza que Enélio fez o que pôde dentro das limitações impostas ao longo do tempo."
Em 1988, Enélio chegou a ser empossado "presidente perpétuo".
Foram quase cinco décadas dedicadas a cuidar da mais antiga entidade cultural do Estado. Enélio Lima Petrovich foi eleito presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte em 25 de agosto de 1963, e desde então se manteve à frente da instituição, passando por várias eleições, até ser empossado "presidente perpétuo" em 1988, por decisão de uma assembleia geral. Câmara Cascudo sempre ressaltou os méritos do amigo e contemporâneo em sua longevidade administrativa: "...prorrogado o seu mandato, pois nele reconhecia grande força valorizadora em defesa do patrimônio intelectual do nosso Estado". E assim foi. 

Velório  de Dr. Enélio, no IHG/RN

O velório na sede do Instituto Histórico foi um dos pedidos dele.

Enélio teve uma vida cultural bastante movimentada. Advogado por formação, estendeu seus interesses para muito além do Direito. Interessado desde cedo em estudos literários e históricos, escreveu livros e muitos artigos para jornais, revistas e publicações da área jurídica em geral. Foi colaborador das revistas Inter-Brasil, do Rio de Janeiro, e da potiguar Cactus. Há escritos seus no campo do Direito Previdenciário na "Revista de Previdência Social", em São Paulo. Durante a vida universitária teve participação em todos os movimentos culturais, pronunciando conferências e palestras.
A história de Enélio junto ao IHGRN começa quando ele se torna sócio efetivo da casa em 29 de março de 1959 - em abril do mesmo ano já era segundo secretário. Mesmo à frente do instituto, a partir de 1963, ele não parou de escrever, pesquisar e atuar em diversos departamentos culturais e jurídicos. Durante o governo de Aluízio Alves, Enélio ocupou as funções de sub-chefe da Casa Civil (64), e diretor dos departamentos de Administração e Estatística (65).
Ele também foi um dos sócio-fundadores do segmento natalense do Lions Clube, sendo seu vice-presidente em 1966. Em 1967 foi sócio correspondente do Instituto Brasileiro de Estudos Sociais, em São Paulo, filiado à Unesco.
Em sete de dezembro de 1973, Enélio se torna membro da Academia Norte-Riograndense de Letras, ocupando a cadeira do escritor Virgílio Trindade. A saudação protocolar foi proferida pelo próprio Luís da Câmara Cascudo, patrono fundador da Academia. O ex-presidente do IHGRN lançou cerca de 30 livros, obras que abordavam História e Direito, as duas paixões. Entre os títulos estão "Quem fundou Natal?", "A Ordem saúda a Justiça", "Evocando Henrique Castriciano", "Forte dos Reis Magos - Um patrimônio luso-brasileiro", "Os arquitetos da história do Rio Grande do Norte", "Sigmund Freud, sua ciência e a sociedade atual", "A questão religiosa no RN", entre outras.
O filho: "Ele datava artigos com nome de santo"
Célio Petrovich, 48, filho do meio de Enélio e irmão de Lírian e Enélio Antônio, contou que o pai estava há cerca de 100 dias internado devido um acidente vascular cerebral isquêmico, o tipo mais comum de AVC. Visivelmente abalado, ele lembrou que Enélio chegou a ser liberado pelos médicos, "mas 5 ou 6 dias depois foi novamente internado, e infelizmente não saiu mais do hospital".
"Vejo meu pai como um baluarte da Cultura potiguar. Certo que ninguém é insubstituível, e podem até chegar a ser igual a ele - melhor não! Estou sem palavras e ainda não estou acreditando no que aconteceu", disse emocionado. "Muitas vezes tirou dinheiro do próprio bolso para pagar contas aqui do IHG/RN, dedicou sua vida a esta instituição, dividiu atenções com a família e quando assumiu o Instituto, mamãe estava grávida de mim." Um detalhe peculiar ressaltado por Célio: Enélio Petrovich assinava e datava seus artigos colocando o nome do Santo do dia - "Acredito que o Dia de Santos Reis veio para iluminar esse momento."
Autor de 35 livros, há uma obra inédita de Enélio Petrovich editada, revisada e pronta para ser publicada: "Escrevendo, Lendo e Publicando" estava programado para sair em março próximo e traz depoimentos, artigos, transcrições de palestras e textos que escreveu apresentando outros livros. "Agora não sei mais quando será lançado, nem se será lançado", revela Célio.

DEPOIMENTOS

"Enélio foi um abnegado que reduziu e até se afastou de suas atividades profissionais para viver seu grande amor que era o IHG/RN. Uma relação notável, que superava até a decepção de não contar com maior apoio do poder público na preservação desse extraordinário acervo."
Cláudio Galvão, escritor e pesquisador

"Enélio representa o que nenhum outro homem representou no tocante à dedicação. Conseguiu imprimir dinâmica a uma instituição estática."
Caio Flávio, médico

"Enélio exercia um sacerdócio aqui dentro do IGH/RN, e expressava seu amor através da preservação da nossa história. Sabia como ninguém que não se pode escrever o futuro sem conhecer o passado".
Rosalba Ciarlini, governadora
"Uma perda irreparável para a cultura do RN, o professor Enélio dedicou sua vida ao IHG/RN, fato que comprometia até seu convívio familiar. Ele deixa saudades e o exemplo de dever cumprido."
Augusto Maranhão, pesquisador e empresário.
"A falta de Enélio é uma lacuna irreparável. Dedicou sua vida à tradição, à cidade, ao Estado, sempre valorizando a cultura e as pessoas. E o fato dele ter nos deixado no Dia de Santos Reis é para se refletir."
Anna Maria Cascudo, escritora

Valério Mesquita, escritor e jurista
"Enélio fez a interligação da memória entre gerações. Sua presença era sentida em todos os segmentos culturais e leva consigo uma memória oral importante. A preocupação agora é a continuidade da instituição".
Leide Câmara, pesquisadora
"Uma perda irreparável, por onde passou deixou sua marca. Cada ser humano é único e Enélio é uma palavra que não mais se repete."
Zélia Madruga, da Academia de Letras Jurídicas do RN
"Feliz a instituição que tem uma pessoa como ele à frente. Como dizia Cascudo: 'Enélio Petrovich fazia intriga do bem.' Dedicado, agregador, a cultura do RN fica menor sem ele.
Racine Santos, dramaturgo
"Enélio é um nome que jamais será esquecido por sua dedicação e seu trabalho à frente do IHG/RN, onde sempre promoveu a cultura e a preservação da memória. Um ativista incessante."

sábado, 2 de julho de 2011

ITAMAR FRANCO

O BRASIL PERDE ITAMAR FRANCO


O
 ex-presidente e senador Itamar Franco (PPS), de 81 anos, morreu na manhã deste sábado, 2. Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 21 de maio para tratar de leucemia e, segundo o hospital, sofreu um acidente vascular cerebral. Desde então, ele permanecia licenciado de suas atividades no Senado. Nos últimos dias, o ex-presidente apresentou um quadro de pneumonia grave e precisou ser transferido para a UTI do hospital.

Itamar Franco

De acordo com a assessoria do ex-presidente, Itamar estava acompanhado no hospital pelas filhas Georgiana e Fabiana, além de assessores próximos. A assessoria informou também que, em princípio, o corpo do ex-presidente será velado em Juiz de Fora (MG) e depois cremado em Belo Horizonte (MG).
Baiano no registro civil, Itamar se tornou um dos mais destacados e comentados políticos mineiros das últimas décadas. Para o País, surgiu na eleição presidencial de 1989, como candidato a vice de Fernando Collor de Mello. Terminou por assumir a Presidência da República após o impeachment do ex-governador alagoano, com quem vivia às turras.
Mesmo entre os mais críticos, Itamar costumava ser reconhecido pela retidão ética. Igual reconhecimento ele sempre cobrou em relação ao legado da estabilidade do País. Econômica, com o lançamento do Plano Real durante seu governo, e política, com a transição bem sucedida após o desastroso desfecho da gestão Collor.
Com seu indefectível topete, o ex-presidente também chamou muita atenção pelo estilo intempestivo, muitas vezes enigmático. Protagonizou situações embaraçosas e embates memoráveis. Se dizia nacionalista e abusava era das referências às 'montanhas de Minas'.
Como político, o engenheiro Itamar gostava dos cálculos bem pessoais. Orgulhava-se de ter sido fundador do MDB, posterior PMDB, mas não fazia cerimônia: deixava o partido toda vez que seus interesses eram contrariados.
O ex-presidente também melindrava facilmente e não raro surpreendia aliados com rompantes de fúria. Atribui-se a Tancredo Neves a frase de que Itamar guardava o 'ódio na geladeira'.
Em um ponto, porém, detratores e apoiadores concordam: na política, o acaso costumava conspirar a seu favor.
Trajetória. Itamar nasceu em 28 junho de 1930 a bordo de um navio de cabotagem, no mar entre o Rio de Janeiro e Salvador. A mãe, dona Itália Cautier, havia ficado viúva de Augusto César Stiebler Franco pouco antes do nascimento do filho e o registrou na capital baiana, onde morava um tio.
Mas Itamar cresceu e tomou gosto pela política em Juiz de Fora (MG), origem de sua família. Estudou no Granbery, o mais tradicional colégio da cidade da Zona da Mata mineira. Na rigorosa instituição, vinculada à Igreja Metodista, se tornou destaque do time de basquete.
Concluiu o curso Engenharia Civil em 1955 e naquele mesmo ano estreou na política se filiando ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Em vão, tentou se eleger vereador em 1958 e vice-prefeito em 1962. Alcançou o primeiro cargo público - a prefeitura da cidade - cinco anos depois, já filiado ao antigo MDB após o golpe militar de 1964 e o estabelecimento do bipartidarismo. Ficou no Executivo municipal até 1971. No ano seguinte, conquistou um novo mandado na prefeitura, mas em 1974 renunciou e foi eleito senador por Minas Gerais.
Já no PMDB, após o restabelecimento do pluripartidarismo, Itamar foi reeleito para mais um mandato de senador em 1982, na chapa que levou Tancredo Neves ao governo de Minas. Em 1986, deixou o PMDB e filiou-se ao PL para disputar o governo de Minas. Acabou derrotado justamente pelo peemedebista Newton Cardoso, que havia lhe fechado as portas no antigo partido.
Itamar voltou ao Senado, participou dos trabalhos da Assembleia Constituinte, mas antes de encerrar o mandato aceitou o convite do então jovem governador de Alagoas, Fernando Collor de Mello, para compor como vice a chapa vitoriosa na campanha presidencial de 1989. O senador por Minas deixou então o PL para ingressar no obscuro Partido da Reconstrução Nacional (PRN).
As rusgas com Collor começaram ainda na campanha. Tanto que o presidenciável teria solicitado uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para saber se poderia trocar seu candidato a vice.

terça-feira, 29 de março de 2011

MORRE JOSÉ ALENCAR

José Alencar, quando Vice-Presidente da República

O ex-vice-presidente da República, José Alencar, morreu no início da tarde desta terça-feira (29-03-2011), no Hospital Sírio-Libanês, aos 79 anos, após intensa luta contra o câncer que o acompanhou por quase 14 anos e marcante presença como fiel escudeiro do presidente Lula durante dois mandatos completos (2003-2006 e 2007-2010).
Dono de personalidade forte e opiniões contundentes, que por muitas vezes iam em direção contrária aos conceitos do governo - como no caso da defesa pela redução da taxa de juros-, o empresário que seguiu os rumos da política quando já era milionário se tornou, mais do que um importante apoio a Lula, um símbolo de força, representada por sua luta contra o câncer após seguidas internações e cirurgias.
Casado com Mariza Campos Gomes da Silva, José Alencar deixa três filhos.

Do balcão ao Planalto

Mineiro, de Muriaé, José Alencar Gomes da Silva foi o 11º filho de um total de 15 irmãos. Nasceu pobre (em 17 de outubro de 1931) e trabalhou desde cedo. O primeiro emprego foi de balconista em uma loja de armarinhos aos 14 anos e, aos 18, virou empresário; abriu sua primeira lojinha que vendia um pouco de tudo.
No final de 1959, Alencar entrou para o setor têxtil, assumindo o negócio de um dos irmãos. Oito anos depois, fundava a Companhia de Tecidos Norte de Minas, a Coteminas, em Montes Claros. Hoje, com 11 unidades industriais, as fábricas produzem e distribuem fios, tecidos, malhas, camisetas, meias, toalhas de banho e de rosto, roupões e lençóis, que além do Brasil, abastecem mercados nos Estados Unidos, Europa e Mercosul.

Vida Política

José Alencar deu os primeiros passos na vida política como presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria. Em 1994, candidatou-se às eleições para o Governo de Minas e, em 1998, disputou vaga no Senado Federal pelo PMDB, elegendo-se por Minas Gerais com quase 3 milhões de votos.
Em 2001, o empresário recebeu convite para ser vice do então candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2002, compôs a chapa com Lula, elegendo-se vice-presidente da República para o período 2003/2006. Atuou também como ministro da Defesa.
Em sua primeira gestão, deu declarações polêmicas, principalmente sobre questões econômicas do próprio governo que integrava, criticando por várias vezes, e de forma áspera, a opção pelos juros altos para manter a economia nos trilhos.
Em 2006, Lula candidata-se à reeleição e novamente convida Alencar para vice. Já filiado ao PR, aceitou novamente ser o vice-presidente na chapa de Lula. Presidente de honra do PR, o vice-presidente José de Alencar é um crítico feroz da política de juros do Banco Central. E sempre que tem chance, reclama das altas taxas praticadas no Brasil.

A luta contra o câncer

Em 1997, através de um check-up, Alencar descobriu tumores na região abdominal - rim e estômago. Após cirurgia, o vice-presidente deixou o hospital sem os dois carcinomas, sem um rim e sem três quartos do estômago, mas sem precisar de quimioterapia nem radioterapia.
Em 2002, durante a campanha eleitoral, Alencar descobre um câncer de próstata durante check-up semestral. Nova cirurgia e, de novo, o empresário não precisou passar por sessões de quimioterapia ou radioterapia.
Em 2006, mais um check-up e outra má notícia: um tumor retroperitonial (porção posterior do abdome). Enquanto os outros eram carcinomas, esse era um sarcoma, que tira, mas ele volta. A nova cirurgia foi feita em Nova York. Mas desta vez, Alencar precisou passar por sessões de quimioterapia.
Em 2007, o tumor no peritônio voltou e Alencar passou por nova cirurgia.
Em 22 de janeiro de 2009, o vice-presidente foi internado para realização de exames. Três dias depois, Alencar foi submetido a uma cirurgia que durou cerca de 18 horas para retirar tumores na região abdominal.
Após receber alta, 27 dias depois de ser internado, ele disse em entrevista: "Não tenho medo da morte, porque não sei o que é a morte. A gente não sabe se a morte é melhor ou pior. Eu não quero viver nenhum dia que não possa ser objeto de orgulho", afirmou. "Peço a Deus que não me dê nenhum tempo de vida a mais, a não ser que eu possa me orgulhar dele".
No dia 9 de julho, Alencar voltou a ser internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para se recuperar de uma cirurgia para corrigir uma obstrução intestinal causada por tumores abdominais. Durante a operação, a 14ª, os médicos retiraram dez tumores, mas ao menos oito ainda permaneceram.
Duas semanas depois, o vice-presidente recebeu alta. Sorrindo e demonstrando ânimo, Alencar deu uma entrevista coletiva no saguão do hospital: "A minha guerra é contra o câncer. Essa última batalha não foi fácil. Estou saindo agora vitorioso dessa batalha, mas a guerra continua", disse.
Cerca de 12 horas depois, o vice-presidente voltou a ser internado com fortes dores para corrigir uma semi-obstrução do intestino grosso identificada na altura do reto. Alencar passou então pela 15ª cirurgia.
No final de 2010, prestes a completar seu segundo mandato como vice-presidente, chegou a ter seu tratamento interrompido devido ao seu estado crítico, que o impediu, inclusive, de comparecer a cerimônia de posse da sucessora de Lula, Dilma Rousseff.

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