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domingo, 1 de janeiro de 2012

ENSAIO CRONOLÓGICO DOS PRECURSORES DA GEOLOGIA DO BRASIL

Luciano Rocha Borba
José Fernando Courat

Generalidades
Aqueles que aportaram ao Brasil, em épocas de descobrimentos, buscavam, sobretudo as especiarias, mais tarde o ouro, as minas e pedras preciosas. Em 1500, Pero Vaz de Caminha, na sua carta ao Rei de Portugal fez a primeira descrição geológica das barreiras terciárias da costa brasileira. Viajantes do século 17 deixaram muito pouco ou somente citações em algumas notas, sobre a geologia do Brasil. Em 1711, porém, em um trabalho publicado por Antonil, Jesuíta de Luca, Itália, diz que as lavras de Bento Rodrigues, na Capitania de Minas Gerais, em pouco mais de cinco braças de terreno haviam sido colhidas cinco arrobas de ouro.
A rigor, as investigações geológicas e mineralógicas foram iniciadas nos fins do século 18, e as primeiras informações de valor científico, datam dos trabalhos dos brasileiros, irmãos Andrada e Silva.

1792 - José Bonifácio de Andrada e Silva
Apresentou juntamente com seu irmão uma memória sobre os diamantes do Brasil publicada nas atas da sociedade de História Natural de Paris. Estudou em Coimbra, formando em 1787, em Direito e História Natural. Estudou Mineralogia com Hauy na França e com Werner em Berlim. Descreveu doze minerais, sendo quatro considerados espécies independentes. Realizou em 1820, uma excursão através do centro de São Paulo, reconhecendo a extensão das metamórficas, arqueozóicas e proterozóicas, eruptivas, etc., da série Corumbataí, publicando um trabalho intitulado “Viagem Mineralógica da Província de São Paulo”.

1803 - Martin Francisco R. de Andrada
Irmão de José Bonifácio. Formado em Coimbra. Foi inspetor das Minas e Matas da Capitania de São Paulo. Nos “jornais das Viagens de 1803 e 1804” faz menção à geologia regional da Capitania. Mostrou ser um bom observador quando fez a descrição panorâmica da constituição física do Vale da Ribeira do Iguape.

1810 - Wilhelm L. Von Eschwege
Engenheiro de Minas, alemão. Veio ter ao Brasil em companhia da corte real portuguesa, permanecendo no Brasil de 1810 a 1821, especialmente em Minas Gerais. Explorou o ouro de filão na Mina de Passagem; o chumbo em Abaeté e diamantes; construiu uma fundição de ferro em Congonhas e assinalou a ocorrência de manganês em solo mineiro. Lançou as bases da geologia da serra do Espinhaço, descrevendo as formações e criando a nomenclatura original. A ele se deve a primeira obra versando sobre a geologia de nosso País denominada “Pluto Brasiliensis” (1833).

1814 - Friedrich Sellow
Realizou pesquisas geológicas no Brasil de 1814 a 1831, tendo examinado as jazidas de ouro de Caçapava, as de prata do Aceguá e as de carvão do Jacuí. Colheu restos de vertebrados pleistocenos no Arapei Chico e graças a ele, 2.000 espécies de minerais e rochas brasileiras foram ter ao museu de Berlim, na Alemanha.

1814 - P. Claussen
Esteve com Sellow no Rio Grande do Sul, e depois em Minas Gerais com Peter Lund, em Lagoa Santa. Publicou nota sobre o jazimento dos diamantes no arenito vermelho do Brasil.

1817 - John B. Von-Martius e Carl F. Von Spix
Percorreram o Brasil entre 1817 e 1820, forneceram muitas informações sobre a nossa geologia e paleontologia, no célebre trabalho “Reise in Brasilian (1823-1831)”. Von Martius elaborou um mapa geológico na América do Sul, sendo publicado por F. Foetterle em 1854.

1825 -Alexandre Caldleugh
Publicou dois trabalhos, um versando sobre a geologia e as lavras de Minas Gerais, e o outro, uma nota sobre a geologia no Rio de Janeiro.

1826 - Alcide D' Orbigny
Esteve primeiramente no Rio de Janeiro e fez um relatório de rápidas excursões. Após estudar a região do Rio Guaporé, estudou também a formação do arenito da Serra dos Parecis, no norte do Estado do Mato Grosso.

1828 - Wilhelm C. G. Von Feldener
Autor da mais antiga publicação geológica do Rio Grande do Sul, intitulada “Reisen Durch Meherere Provizen Brasiliens”.

1831 - Charles Darwin
Realizou importantes observações geológicas sobre os recifes do Nordeste e reconheceu a natureza vulcânica das ilhas de Fernando de Noronha.

1835 - Peter Wilhelm Lund 
De origem dinamarquesa, radicou-se no Brasil, dedicando-se ao estudo das ossadas fósseis das grutas da região de Lagoa Santa, em Minas Gerais. Pela sua importância aos estudos dos terrenos e fósseis, foi cognominado Pai da Paleontologia Brasileira.

1841 - A. Pissis
Publicou um trabalho versando sobre a geologia de extensa faixa da orla atlântica, desde Paranaguá até a Bahia, denominado de “Memoire Sur La Position Geologique des Terrains de La Partie Australe Du Brésil“, que vinha acompanhado de um mapa geológico.

1841 - George Gardner
Visitou o interior do nordeste, obtendo os famosos peixes fósseis do Ceará, que remeteu a Agassiz, para o estudo. Chegou a datar a idade da formação geológica que os continha (cretáceo), sendo esta a primeira determinação de idade de um terreno pré-quaternário do Brasil, com critério paleontológico.

1843 - Francis de Castelnau
Completou os estudos de D'Orbigny tendo feito um reconhecimento geológico do Brasil e publicados dois trabalhos sobre as jazidas de diamante de Mato Grosso e Bahia.

1847 - Frederico L. Cezar Burlamarqui
Escreveu a primeira monografia sobre os mamíferos pleistocenos do Brasil. Foi diretor da seção de Mineralogia e Geologia do Museu Nacional.

1854 - Guilherme S. de Capanema
Sucessor de Frederico Cezar, no Museu Nacional; escreveu várias memórias sobre petrografia, depósitos fosfatados de Fernando de Noronha, Decomposição das rochas em Clima Tropical, e outros mais.

1857 - João Martins da Silva Coutinho
Geólogo pioneiro na investigação da Amazônia. Juntamente com Guilherme Capanema, participou de uma expedição científica para exploração das províncias do Norte, por iniciativa do Instituto Histórico. Há poucos escritos sobre tal expedição. Silva Coutinho foi descobridor de fósseis marinhos paleozóicos, nas rochas aflorantes das margens do rio Tapajós.

1865 - Louis Agassiz
Organizou a expedição Trayer com finalidade de explorar o Vale do Amazonas e a faixa Atlântica. Agassiz dedicou-se à origem do Vale do Amazonas e concluiu que se formará à custa de glaciação. Participavam da Expedição o brasileiro João Martins da Silva Coutinho e o norte-americano Charles F. Hartt.

1865 - Hartt Charles Frederick Agassi
Participou da expedição denominada Trayer, para a exploração do Vale do Amazonas. Estudou os arredores do Rio de Janeiro e as bacias fluviais entre o Rio de Janeiro e Bahia. Hartt retornou ao Brasil em 1867 e completou os estudos, desde a orla Atlântica até Pernambuco. Com os resultados obtidos desta Pesquisa e as obtidas anteriormente, publicou a obra “Geology and Physical Geography of Brasil”. Foi chefe da Comissão Geológica do Império, criada em 1875 e realizou duas expedições à Amazônia (1870-1871) de maiores importâncias que a expedição Thayer, expedições estas, conhecidas por Expedições Morgan. Em virtude destas, a idéia de origem glacial do Vale Amazônico foi afastada. Determinadas partes dos fósseis obtidos foram descritas em publicações norte-americanas e encontram-se no Departamento de Geologia da Universidade de Cornell (U.S.A). Das duas expedições Morgan, participou aquele que haveria de se tornar um dos vultos mais consagrados de nossa geologia: Orville Adalbert Derby.

1867 - Nathaniel Plant
Divulgou notícias pormenorizadas sobre os terrenos carboníferos do R. G. do Sul.

1869 - Gustavo L. Guilherme Dodt
Explorou os Rios Parnaíba e Gurupi, a mando do Presidente da Província do Piauí. Em primeira mão deu notícias da ocorrência do arenito vermelho no alto do rio Parnaíba. Fez referências a arenitos, gnaisses e granitos do Gurupi.

1870 - Orville Adalbert Derby
Diplomado pela Universidade de Cornell, U. S. A, dedicou-se inteiramente ao estudo do solo brasileiro, sendo considerado o expoente dos pesquisadores da geologia no Brasil. Como participante das expedições Morgan, chefiadas por Hartt, estudou os fósseis das formações paleozóicas do Vale Amazônico; estudou a bacia cretácea do Recôncavo baiano, e a geologia do Vale do Rio São Francisco.
Estudou a gênese das jazidas de diamante, do manganês, de Minas Gerais; dos filões de ouro, e a origem, ocorrência das rochas nefelínicas do planalto de Poços de Caldas (MG). Publicou 173 trabalhos, 48 versando sobre mineralogia e geologia aplicada, 32 sobre geologia pura, 42 sobre geografia física e cartografia e 18 sobre paleontologia e arqueologia do Brasil. Foi professor do Museu Nacional, diretor da Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo, e diretor do S.G.M. do Brasil.

1872 - Henrique Ernesto Bauer
Vindo para o Brasil, estabeleceu-se no Vale do Ribeira, SP, e ali permaneceu por mais de 30 anos. Fez estudos petrográficos e colecionou uma enorme variedade de rochas que foram doadas à Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo. Publicou alguns trabalhos e a Bauer se devem os primeiros estudos das minas de ferro de Jacupiranga, e da galena argentífera de Iporanga. Estudou ainda as rochas folaítigas e piroxeníticas do Vale da Ribeira.

1874 - John Casper Branner
Diplomado pela Universidade de Cornell, USA, foi discípulo de Hartt esteve no Brasil pela primeira vez numa expedição científica à Amazônia, junto com Hartt. Juntamente com Agassiz, organizou uma viagem de estudos científicos para estudar as formações coralígenas da costa nordeste do Brasil.
Retornou ao nordeste brasileiro em 1911 chefiando a Stanford Expedition, com a finalidade de estudos paleontológicos, fisiográficos e zoológico. Publicou trabalhos sobre paleontologia histórica, estrutural, fisiográfica e geologia econômica. Sobre o Brasil publicou cerca de 60 trabalhos, entre eles: o estudo de Paleontologia da Amazônia e Nordeste; Fisiografia e Geografia do Nordeste e Bahia; Glaciação no Brasil; Recifes de Coral; Minérios de Manganês; Possibilidades de Petróleo e Jazidas de diamante, etc. Dos seus trabalhos mais interessantes, destacam-se o Mapa Geológico do Brasil e o Compêndio de Geologia elementar, publicado no Brasil em 1915.

1875 - Claude Henri Gorceix
Convidado pelo Imperador D. Pedro II, o geólogo francês, veio ao Brasil, para instalar uma Escola superior para preparar profissionais destinados a estudar e utilizar os recursos minerais do País. Pelo Decreto n. 6.026 de 6 de novembro de 1875 foi criada a Escola de Minas, com sede em Ouro Preto, e, no ano seguinte, em 12 de outubro instalada solenemente, promovendo então um grande progresso para a geologia brasileira, pois a Escola foi o primeiro centro de formação de geólogos do Brasil. A ele se deve a introdução no País, dos métodos químicos em pesquisas minerais, método que completava os trabalhos geológicos de campo, proporcionando um cunho de maior clareza e precisão. Durante a sua permanência no Brasil, publicou cerca de 50 trabalhos versando sobre minerais, rochas e jazidas. Estudou, também as jazidas de ouro e cobre do Rio Grande do Sul, as jazidas de ouro de Minas Gerais, as cangas, o Topázio, ferro, diamantes e linhito. Fez estudo químico e mineralógico das rochas dos arredores de Ouro Preto, e foi um pioneiro no estudo das terras raras, pois reconheceu a monazita no Brasil e a descreveu, analisou, bem como outros minerais das terras raras. Publicava seus trabalhos nos anais da Escola de Minas de Ouro Preto, e nas revistas científicas da França. A ele se deve a primeira avaliação das reservas ferríferas de Minas Gerais, estimando em 8 bilhões de toneladas as jazidas em torno da Serra do Caraça.

1879 - Francisco De Paula Oliveira
Formado pela Escola de Minas de Ouro Preto, na primeira turma. Autor de 40 trabalhos, versando sobre geologia econômica do chumbo, mercúrio, carvão, etc. Estudou as jazidas de ouro de Minas Gerais, as de cobre da Bahia e as formações carboníferas de Sul do País etc.

1881 - Joaquim Candido Da Costa Sena
Formado pela Escola de Minas de Ouro Preto. Publicou cerca de 26 trabalhos, entre eles: Viagem de Estudos Metalúrgicos no Centro da Província de Minas Gerais; O Bismuto em Minas Gerais; Análise do Fosfato de Cal da Ilha Rata, Fernando de Noronha, e outros mais. Foi um grande incentivador da metalurgia, chamando atenção sobre os nossos recursos minerais e suas transformações.

1881 - Luiz Felipe Gonzaga Campos
Diplomado pela Escola de Minas, estudou as jazidas de ouro em Lagoa Dourada e em Apiaí, SP; as de diamante em Água Suja, MG. Fez estudos pormenorizados sobre sapropelito de Macau, BA. Trabalhou com Derby na Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo, no levantamento da Carta Geológica do Estado. Estudou a região carbonífera de Santa Catarina. Realizou um levantamento das reservas ferríferas do Centro de Minas Gerais. Procurou utilizar os xistos betuminosos do Maranhão, na produção de gás em São Luis. Foi o criador da Estação Experimental de Combustíveis e Minérios que deu origem ao Instituto Nacional de Tecnologia.

1885 - Francisco Inácio Ferreira
Publicou o Dicionário Geográfico das Minas do Brasil, contendo informações sobre as jazidas minerais conhecidas até nos fins do Século 17.

1887 - Jordano Da Costa Machado
Publicou um estudo petrográfico das rochas de Casa Branca e Caldas no Mineralogische und Petrographische Miiheilugen, sendo o 1º trabalho no gênero assinado por um brasileiro.

1888 - Luiz Caetano Ferhaz
Diplomado pela Escola de Minas. Estudou as jazidas de ouro em Palmas e D. Florisbela, tendo publicado relatórios referentes às mesmas e também em relação à dragagem de aluviões auríferos e diamantíferos em Mato Grosso. Estudou jazidas de chumbo em Santa Catarina; foi professor na Escola de Minas, e preparou o Compêndio dos Minerais do Brasil, que versa sobre os recursos minerais do País.

1890 - Eugen Hussak
Foi o pioneiro de implantação da petrografia microscopia no Brasil, e através desta, realizou importantes trabalhos sobre a gênese de jazidas minerais e descobriu novas espécies em nosso País. Natural de Áustria, vindo para o Brasil trabalhou na Comissão G. e G de São Paulo e na Comissão de Exploração do Planalto Central para a escolha da nova Capital. Em 1907, foi nomeado petrógrafo do S.G.M. Estudou as rochas alcalinas da Bacia da Ribeira, e do Planalto de Poços de Caldas; os minerais satélites de diamante, os vieiros auríferos, os minerais das terras raras; a platina, o paládio e zircônio, etc. Descreveu juntamente com Prior, diversas novas espécies que receberam nomes tais: Lewisita, Gorceivista, Zirketelita, Tripuita, Derbylita, etc.

1890 - João Pandiá Calógeras
Engenheiro de Minas e Civil, formado pela Escola de Minas de Ouro Preto. Foi um grande político, e como deputado, escreveu o relatório As Minas do Brasil e sua Legislação. Publicada em 3 volumes, constituindo assim a principal contribuição sua à literatura geológica do País. Escreveu estudo sobre ferro-níquel meteórico de Santa Catarina, e sobre os diamantes de Água Suja; O Minério de Ferro do Brasil e mais alguns como As Jazidas de Ouro, O Linhito de Gandarela.

1894 - Miguel Arrojado Ribeiro Lisboa
Formado pela Escola de Minas, como engenheiro dedicou-se ativamente, ao aproveitamento dos recursos minerais do País. Ocupou-se do estudo da região aurífera do Gurupi. Fez estudo detalhado do Morro da Mina; Participou da Comissão de Estudos da E. F. Noroeste do Brasil, fazendo um relatório substancioso, apreciando os aspectos econômicos da região atravessada, ou seja, Oeste de São Paulo e Sul do Mato Grosso, colocando em importância as jazidas de ferro e manganês de Urucum; os calcáreos de Bodoquena e Corumbá, e as zonas auríferas dos rios da Bacia do Paraguai. Ocupou-se com as minas de ouro de Minas, com as areias monazíticas; dirigiu explorações de manganês e dragagem de ouro e diamantes; explorou carvão no Sul, fomentando a produção do Paraná. Organizou uma bibliografia sobre literatura geológica. Empenhou em pesquisas de petróleo em São Paulo, e na utilização do carvão Nacional, sob forma pulverizada nas locomotivas. Foi diretor do I. F. O C. S., dando apoio aos estudos geológicos com base ao planejamento das obras contra a seca etc.

1895 - Horace E. Willians
Mais de 25 trabalhos escritos, entre eles, Agro Geologia do Vale do São Francisco, Mapa do Estado do Ceará, a Indústria de Mineração da Bahia, etc.

1903 - Custódio da Silva Braga
Formado pela Escola de Minas de Ouro Preto. Deixou mais de 25 trabalhos publicados, versando sobre análises de minérios de ferro, ouro, manganês galena etc.

1905 - Euzébio Paulo de Oliveira
Engenheiro da Escola de Minas de Ouro Preto. Escreveu 146 trabalhos sobre geologia estratigráfica, econômica e paleontologia. Publicado após o seu falecimento, a obra História da Pesquisa do Petróleo no Brasil; ainda com vida publicou a Geognose do Solo Brasileiro, Geologia Estratigráfica e Econômica, e muitos outros. Ocupou-se com pesquisas de petróleo no Brasil. Foi diretor do S.G.M do Brasil. Fez pesquisas geológicas e de recursos minerais no Paraná; atuou na Comissão Rondon e tomou parte na Comissão Roosevelt. Ocupou-se também nos estudos da Paleontologia, escrevendo sobre lamelibrânquios triássicos, fósseis marinhos, madeiras petrificadas, flora comospolita do carbonífero do Estado do Piauí, etc. Fez parte de Comissões para estudas as regulamentações sobre a exportação de minérios.

1908 - Mathias G. de Oliveira Roxo
Mais de 40 trabalhos escritos, versando sobre geologia, paleontologia. Cita-se entre eles: Desdentados Fosséis do Brasil, O Carvão de Jatobá, Elementos de Paleontologia, etc.

1910 - Alberto Betim Paes Leme
Diplomado pela Escola de Minas de Paris, França. Versando sobre os gnaisses do Rio de Janeiro, publicou o seu primeiro trabalho. Mais tarde, Notas Geológicas sobre o Maciço de Itatiaia, Tectonismo da Serra do Mar. Dedicou-se aos estudos de certos minerais radioativos, a pesquisas de germânio, nos meteoritos brasileiros; ao linhito de Caçapava, etc. Publicou 33 trabalhos sobre geologia, mineralogia, tese sobre o solo dos cafezais e o livro “História Física da Terra”, que aborda a fisiografia, petrografia, geologia geral e estratigráfica, e recursos minerais do Brasil. Atuou também como professor na França e no Brasil.

1917 - Avelino Inácio de Oliveira
Formado pela Escola de Minas de Ouro Preto na turma de 1916. Trabalhou no S.G.M. do Brasil, em pesquisas de Carvão e petróleo no Amazonas. Foi diretor do S.F.P.M. do D.N.P.M. Publicou diversos trabalhos alusivos às pesquisas feitas quando de seu cargo no Serviço Geológico. Dentre eles salienta-se o livro “Geologia do Brasil” editado em colaboração com Othon H. Leonardos.

1918 - Odorico Rodrigues de Albuquerque
Formado pela Escola de Minas de Ouro Preto. Realizou estudos importantes versando sobre geologia na Amazônia, visando pesquisas de afloramentos de carvão e procura do mesmo em profundidade. Estudou a Bacia Sedimentar do Piauí-Maranhão, na busca do Carvão; estudou ainda os recursos minerais do Vale do Rio Doce para implantação de uma grande Siderúrgica; foi professor de geologia em Ouro Preto; fez estudos sobre as cangas e ocorrências de rutilo no Ceará.

1920 - Ernesto L. da Fonseca Costa
Engenheiro Civil que se dedicou aos problemas relacionados diretamente com o aproveitamento dos recursos minerais do Brasil. Teve trabalhos publicados tais como : Combustíveis para a Siderurgia Brasileira, Possibilidades Econômicas do Carvão de S. Catarina, Estudos do Manganês e sua Metalurgia, sob ponto- de- vista brasileiro, e outros mais. Foi diretor da antiga Estação Experimental de Combustível e Minérios; foi ainda professor na E.N.E.

1920 - Luiz Flores Moraes Rego
Engenheiro pela Escola de Minas de Ouro Preto. Ingressou no Serviço Geológico, revelando vocação para pesquisas geológicas. Abordou todos os problemas relacionados com o solo brasileiro. Contribuiu enormemente com 80 trabalhos escritos, versando sobre paleontologia, geografia física, solos, geologia estratigráfica, estrutural e econômica, de vários pontos do Brasil. Dedicou-se aos problemas de combustíveis, como o petróleo, aos problemas siderúrgicos, como o dos minérios de ferro, cromo etc. Foi professor de Geologia e Mineralogia na Politécnica de São Paulo. Distingue-se entre os seus trabalhos: a Geologia do Estado de São Paulo, as Estruturas Antigas do Brasil, O Sistema Devoniano do Brasil etc.

1922 - Silvio Fróes de Abreu
Escreveu mais de 40 trabalhos, entre eles: Xisto Betuminoso da Chapada do Araripe, O Nordeste do Brasil, Recôncavo da Bahia, O Petróleo de Lobato e um livro que merece uma citação especial que é “Recursos Minerais do Brasil” que serve até a presente data como importante fonte de consulta.

1924 - Djalma Guimarães
Formado pela Escola de Minas de Ouro Preto. Publicou mais de 70 trabalhos, sobre geologia, petrografia, etc. Cita-se Gênese dos Minerais de Manganês, Notas sobre Geologia Histórica, e o livro “Geologia do Brasil”, e inúmeros outros. Foi um homem, de extrema importância para a geologia do País; foi ainda professor na Escola de Minas.

1924 - Luciano Jacques de Moraes
Formado pela Escola de Minas, Autor do 1o. Mapeamento Sistemático do Brasil. Deixou mais de 170 trabalhos publicados, entre eles, Serras e Montanhas do Nordeste, Estudos Geológicos no Estado de Pernambuco; Possibilidades de Petróleo no R. G. do Norte; Mapas Geológicos; Ouro no Centro de Minas Gerais. Estudos Geológicos no Amapá e muitos outros mais.

1925 - Othon Henry Leonardos
Autor de inúmeros trabalhos, entre eles Chumbo e Prata do Brasil, Garimpos do Triângulo Mineiro, Calcáreo de Goiás, Ouro no Espírito Santo, e vários outros. Autor do livro “Geologia do Brasil” de parceria com Inácio de Oliveira.

1925 - Pedro de Moura
Formado pela Escola de Minas de Ouro Preto. Dedicou-se às pesquisas de Petróleo, tendo feito estudos no Vale do Amazonas, no Recôncavo Bahiano, e estudado os folhelhos betuminosos na Bacia do Paraná. Publicou inúmeros trabalhos sobre a geologia do Vale do Amazonas, sobre o ouro, manganês, e principalmente sobre o petróleo.

1925 - José Ferreira de Andrade Jr.
Mais de 18 trabalhos publicados, entre eles podemos citar:
Reconhecimentos Geológicos dos Arredores de Araxá, Jazidas de amianto de Caeté, e um completo Estudo sobre as Águas Minerais do Sul de Minas.

1927 - Glycon de Paiva
Formado pela Escola de Minas, em 1925. Teve mais de 40 trabalhos publicados, tais como: Jazidas de Minerais de Chumbo, Rochas da Bacia do Rio Brando, O conceito - Unidade Estratigráfica, A Indústria Carvoeira Nacional e outros mais.

1931 - Henrique Capper A. de Souza
Mais de 25 trabalhos publicados, entre eles: Ocorrência do Molibdênio no Estado do Ceará, O Ouro e a Vida Nalgumas Regiões do Brasil etc.

1931 - Evaristo Pena Scorza
Formado pela Escola de Minas de Ouro Preto, em 1924. Logo após, ingressou na Divisão de Geologia e Mineralogia do D.N.P.M, sendo chefe da seção de Mineralogia e Petrografia da referida Divisão. Publicou diversos trabalhos, versando sobre: grafita, cinábrio em D. Bosco (MG), carvão, eruptivas básicas do Piauí, pegmatitos do Borborema, etc.

1933 - Emílio Alves Teixeira
Engenheiro de Minas formado no exterior, (USA). Atuou no campo da geologia econômica e prospecção de minas. Trabalhou com a cromita da Bahia, estudou os recursos minerais do planalto de Poços de Caldas, publicando trabalhos sobre as jazidas de bauxita e zircônio. Deixou mais de 10 trabalhos publicados, entre eles cita-se: um sobre o Morro da Mina, baseado em suas pesquisas de manganês, em Minas Gerais; outro sobre as reservas de turfa nas Bacias Boa Vista, e Lagoa Preta, bem como, sobre os folhelhos pirobetuminosos de São Gabriel, R. S. Ajudou a preparar o mapa geológico da região do Camaquã e no trabalho sobre o ouro no bloco do Butiá. Pertenceu ao Serviço de Fomento da Produção Mineral.

1933 - Octávio Barbosa
Formado pela Escola de Minas de Ouro Preto, em 1930. Foi geólogo no S. G. M. do Brasil, engenheiro de minas da Divisão de Fomento da Produção Mineral, e professor de geologia na Politécnica de São Paulo. Mais de 100 trabalhos, publicados, versando sobre Mineralogia, petrografia, geologia econômica, estratigrafia, paleontologia e geologia aplicada, entre eles: Resumo da Geologia de Minas Gerais, Estudo Petrográfico dos Depósitos de Níquel no Brasil, Geologia do Município de Araxá, e outros mais.

1936 - Viktor Leinz
Autor de inúmeros trabalhos que contribuem para o engrandecimento da literatura geológica do Brasil. Entre eles: Origem do Carvão do Norte do Paraná, Estudos Sobre a Glaciação Permo-Carbonífera do Sul do Brasil, do livro “Geologia do Brasil“, e muitos outros mais.

1937 - Moacyr do Amaral Lisboa
Formado pela Escola de Minas de Ouro Preto, em 1935. Trabalhou no D.N.P.M., professor de Mineralogia, de paleontologia, botânica e zoologia. Tem um grande número de trabalhos publicados, entre eles: Manual de Mineralogia, Estudos Preliminares das Águas de Ouro Preto, Amianto no Brasil, A Geobotânica e a Geologia, A Micropaleontologia para Geólogos, A Expressão Matemática da Geologia, A Regulamentação da Profissão de Geólogo, e outros mais.

1940 - Adauto S. Teixeira
Versando sobre a região de Pernambuco, escreveu, O Alumem e sua ocorrência, O Petróleo etc.

Fonte: R. Escola de Minas, Ouro Preto, v.32, p. 34-38, out. 1975.

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