UM IMPORTANTE DETALHE DA ATIVIDADE JORNALÍSTICA E
DA CONTRIBUIÇÃO HISTORIOGRÁFICA DE UM FECUNDO E
LONGEVO POLÍGRAFO: JOÃO RODRIGUES
CORIOLANO DE MEDEIROS, SÓCIO FUNDADOR E PATRONO DA CADEIRA Nº
07 DO IHGP
Guilherme Gomes
da Silveira D’avila Lins
Por paradoxal
que possa parecer, fica cada cada vez mais difícil
falar a respeito
da figura inolvidável do Prof. João Rodrigues Coriolano
de Medeiros, a menos que se rememore os já bastante divulgados aspectos
da sua vida tão longeva (mais de 98 anos) quão prolífica como publicista
multifacetado (mais de 330 trabalhos de todos os tipos, por ele assinados,
às vezes sob pseudônimos, na quase totalidade
publicados efetivamente, porém alguns ainda inéditos), seja como
jornalista, seja como romancista, seja como dramaturgo, seja como poeta, seja
como folclorista, seja como historiador, seja
como corógrafo, seja como biógrafo,
seja como memorialista.
Noutras palavras,
desde há muitos anos têm sido tantos e tão bem qualificados os que me antecederam
ao tratar da vida e da obra de Coriolano de Medeiros que, sem receio de exagerar, pouco me resta para falar aqui neste
sentido, a não ser que eu me valha, por assim dizer, de uma “lente de imersão no meu microscópio”, buscando desta maneira no
“grande aumento” a observação do
detalhe eventualmente ainda pouco destacado, apesar de este
procedimento tão valioso nas ciências biológicas, quando usado exclusivamente, poder
tirar do observador a visão de conjunto do objeto observado, visão de conjunto esta
que, por outro lado, já está sobejamente analisada por outros. Desta maneira,
começa a se esboçar, a traços largos, o tipo de rumo que tomarei na
caminhada da homenagem ao Patrono da Cadeira
que ocupo hoje nesta Casa.
Antes, porém, e a
bem da verdade, devo registrar aqui pelo menos
algumas das inúmeras
autoridades que, ao longo do tempo, já versaram
proficientemente sobre a vida
e a obra deste meu homenageado.
Dentre os ensaios de outras autoridades posso assinalar um do
Prof. (José) Gláucio Veiga, do ano de 1958, intitulado Saudação a Coriolano de
Medeiros. No ano de 1965 houve também o artigo de- nominado O Velho Mestre do Desembargador Aurélio Moreno de Albuquerque.
Existe ainda um trabalho impresso de doze páginas, sem data mas, aparentemente, do ano de 1965, intitulado Ascendências
Genealógicas do Professor Coriolano de Medeiros, da autoria de Manuel
Henrique da Silva (Né Marinho). Já em 1966 o meu amigo Deusdedit de Vasconcelos Leitão publicou o trabalho Coriolano
de Medeiros - Presença da
Paraíba em sua Biografia. Em
1967 o saudoso Sebastião de Azevedo
Bastos publicou em dois jornais
desta cidade o artigo Coriolano de Medeiros. Em 1971 meu caro colega e
filho do homenageado em epígrafe, Dr.
José Batista da Silva - a quem agradeço
de público as horas agradáveis e proveitosas, durante as quais muito aprendi sobre seu pai — publicou
o artigo Homenagem a Coriolano de Medeiros.
Já em 1972 Celso Otávio de Novais deu à estampa
num jornal desta
cidade o trabalho
intitulado Coriolano de Medeiros. No mesmo ano de 1972 J.
J. Torres publicou
em um jornal do Recife o artigo O Mestre Coriolano
de Medeiros. Ainda no ano de
1972 Ernani Ayres Satyro e Souza publicou em dois periódicos locais o artigo Coriolano de Medeiros. No ano de 1973 o Dr. José Batista da Silva
estampou também em periódico local o artigo Coriolano de Medeiros, uma
lição de vivência. No ano de 1974 meu outro homenageado na noite de hoje, o Prof. Octacílio Nóbrega de Queiroz divulgou através de um jornal local
o artigo Coriolano de Medeiros. Ainda no mesmo ano de 1974 o jornalista e acadêmico Luiz Gonzaga
Rodrigues escreveu e publicou num
periódico desta cidade o artigo Coriolano.
No ano
de 1975
o saudoso Eduardo Martins da
Silva ofereceu uma minuciosa investigação sobre o homenageado em tela na sua publicação Coriolano de Medeiros: Notícia
Biobibliográfica. Ainda no ano de 1975 foi a vez de o então Cônego e hoje Monsenhor Eurivaldo Caldas Tavares
traçar um escorço biográfico
de João Rodrigues Coriolano
de Medeiros na publicação Instituto
Histórico e Geográfico Paraibano
e seus 70 anos: Ligeira
Notícia Biográfica dos Sócios Fundadores. No ano de 1979 o meu saudoso amigo Dr. Maurílio Augusto de Almeida publicava o trabalho
Coriolano de Medeiros,
o Humanista, in: Cadeira Número
Sete, quando da posse daquele ilustre médico, escritor
e historiador na Academia Paraibana
de Letras (APL), solenidade a qual tive a honra
de estar presente
com a minha esposa. Ainda no ano de 1979 uma parte substancial da REVISTA DO
INSTITUTO HISTÓRICO
E GEOGRÁFICO PARAIBANO
(v. 22) foi destinada a várias homenagens ao Patrono da Cadeira N.º 07
da Casa
de Irineu
Ferreira Pinto. Eis os trabalhos
que caracterizavam estas homenagens: Coriolano
e a Revista do Instituto Histórico da autoria do Prof. José Octávio (de Arruda Mello),
Reflexões sobre um Historiador pelo Dr. Higino (da Costa) Brito, Visão de Coriolano
de Medeiros da autoria de
Deusdedit (de Vasconcelos) Leitão, O educador Coriolano
de Medeiros da autoria
do Prof. Itapuan Bôtto (Targino),
Coriolano de Medeiros
da lavra de Ivan Bichara (Sobreira), Coriolano, o Justo da autoria
do então Cônego
e hoje Monsenhor
Eurivaldo Caldas. Tavares e Coriolano de Medeiros:
Notas para sua
Biografia da autoria do
Dr. Humberto (Carneiro da Cunha) Nóbrega. Bem mais recentemente, já no presente
ano de 1999 surgiu a plaqueta Coriolano de Medeiros da autoria de Deusdedit
(de Vasconcelos) Leitão, fazendo
parte da “Coleção Historiadores Paraibanos” (v. 2), chancelada pelo Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IGHP).
Finalmente, há apenas poucos dias João Rodrigues Coriolano de Medeiros foi alvo de competente atenção
e merecida alusão no Discurso de posse do
Acadêmico Dorgival Terceiro
Neto, em 17 de julho de 1999, na Cadeira N.º 07 da Academia
Paraibana de Letras (APL), sucedendo
ao Dr. Maurílio Augusto de Almeida.
Essa encorpada relação
de tributos
ao Prof.
Coriolano de Medeiros representa apenas uma amostragem muito parcial do que
eu já havia prenunciado. Ainda antes de lançar minha visada para o
enfoque que pretendo descortinar aqui é preciso salientar que, ao lado da
sua vertente de
professor e de publicista de
grandes merecimentos, João Rodrigues
Coriolano de Medeiros foi, eminentemente,
um semeador
e criador de instituições culturais. Dentre elas pode-se citar o assim grafado Centro Litterário Parahybano [CLP] (1893), a
Universidade Popular [UP] (1913) e a
Associação de Homens de Lettras [AHL] (1917). Adicionalmente ele foi Sócio
Fundador do então grafado Instituto
Historico e Geographico Parahybano [IHGP] (1905) e, posteriormente, Patrono da sua Cadeira
N.º 07, além de Sócio Fundador do Gabinete de Estudinhos
de Geografia e História da Paraíba
[GEGHP] (1931) e ocupante da sua Cadeira N.º 06, de que é Patrono (Dr. Manuel)
Arruda (da) Camara e ainda Sócio Fundador da Academia Paraibana de Letras [APL] (1941), sendo o primeiro
ocupante da sua Cadeira N.º 07, de que é Patrono
o grande Arthur
Achilles dos Santos.
Isto posto,
utilizemos agora aquela
“lente de imersão”, através da qual iremos focalizar um importante detalhe da atividade jornalística
e da contribuição historiográfica de João Rodrigues Coriolano de Medeiros,
detalhe este que, embora não
raramente assinalado de forma superficial, não creio que já
tenha sido rebuscado de uma maneira
mais amiudada ou mediante um delineamento da integralidade
do seu corpus. Existe até uma possível explicação para que
o citado detalhe não tenha sido ainda muito esmiuçado: a dificuldade de acesso
às suas fontes
que, rapidamente, se tornaram bastante
escassas. Como eu tive a rara oportunidade de, gradativamente, vir a possuir
a coleção quase completa
destas fontes, surgiu-me
a ideia de que, discorrendo um pouco sobre elas como um todo e sobre seu conteúdo, seria
uma forma interessante de prestar aqui esta homenagem ao Prof. João
Rodrigues Coriolano de Medeiros.
Refiro-me aqui ao GEGHP - GABINETE
DE ESTUDINHOS DE GEOGRAFIA
E HISTÓRIA DA PARAÍBA (o periódico) e, por via de conexão,
também do Gabinete de Estudinhos de Geografia e História
da Paraíba [GEGHP] (a instituição que gerou o periódico do mesmo nome). Para
tecer comentários sobre este periódico, bastante
modesto quanto à sua apresentação gráfica porém de extrema importância
editorial e de igual importância
sob vários
aspectos do seu conteúdo, ainda
relativamente muito pouco conhecido em decorrência da sua raridade,
é conveniente que ab initio
sejam dedicadas algumas palavras à instituição cultural
Gabinete de Estudinhos de Geografia e História da Paraíba (GEGHP)
sem,
entretanto, descer ao detalhamento dos antecedentes
que culminaram com a criação desta versão paralela, miniaturizada e temporária do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP), o qual publicou durante
cerca de onze anos nada menos que trinta números
do seu periódico oficial, dos quais possuo hoje vinte e sete deles.
Pois bem, a instituição cultural Gabinete de Estudinhos de Geografia e História da Paraíba (GEGHP)
nasceu precisamente “Aos 27
de Setembro de 1931, por suggestão
de Coriolano de Medeiros e iniciativa de Pedro Baptista
[Guedes]”. A reunião de fundação
da entidade em tela, com a presença dos dois anteriores, se deu na residência de
Hortensio de Souza Ribeiro que
também aí se encontrava. A este grupo
original logo se agregou, dias depois (, 02
de outubro de 1931,) José Gomes Coelho e Matheus Augusto de Oliveira. Estava assim criado o Gabinete de Estudinhos de Geografia
e História da Paraíba (GEGHP),
composto de um número limite de apenas sete Sócios Efetivos e destinado
“exclusivamente a estudar e divulgar a geographia e a historia
desta unidade nacional”. Seu estatuto era bastante sugestivo no que diz respeito
à sua inspiração. Compunha-se de um decálogo de normas estabelecendo que
jamais haveria uma diretoria eleita na instituição e em cada uma de suas
reuniões seria escolhido um Presidente e um Secretário, cujas funções se extinguiam ao término das sessões. Além disso, nenhuma contribuição pecuniária fixa seria cobrada obrigatoriamente dos sócios,
entretanto, as despesas
seriam reatadas pelos mesmos.
A cada mês seria escolhido um Sócio
Efetivo para fazer a correspondência e registrar os anais da instituição num livro, em cujas primeiras páginas seria transcrito o decálogo estatutário referendado
pelas assinaturas de todos os membros.
Os Patronos escolhidos
para as sete Cadeiras do Gabinete de Estudinhos
de Geografia
e História da Paraíba (GEGHP) foram
Maximiano Lopes Machado
(Cadeira N.º 01), Irenêo [Ceciliano
Pereira] Joffily (Cadeira N.º 02), Francisco [Soares da Silva] Retumba
(Cadeira N.º 03),
Irineu [Ferreira] Pinto (Cadeira N.º
04), Pedro Americo [de Albuquerque Mello] (Cadeira N.º 05), [Manuel]
Arruda [da] Câmara (Cadeira
N.º 06)
e o Cônego Bernardo de Carvalho Andrade (Cadeira N.º 07).
Inicialmente apenas
cinco Cadeiras foram
ocupadas: a Cadeira N.º 02 por Hortensio
de Souza Ribeiro,
a Cadeira N.º 03 por Matheus
Augusto de Oliveira, a Cadeira
N.º 04 por José Gomes
Coêlho, a Cadeira N.º 06 por João Rodrigues
Coriolano de Medeiros
e a Cadeira N.º 07 por Pedro Baptista
Guedes.
Apesar das inerentes dificuldade financeiras que uma instituição
desse tipo teria de enfrentar,
em qualquer época, é muito tocante perceber entre seus membros a disposição
de, da forma que pudessem,
fazer circular mensalmente, repito mensalmente e com data marcada
(o dia 27 de cada mês) uma revista cujo número avulso,
na época em que foi lançado o N.º 1 a 27 de outubro
de 1931, custava $ 500 enquanto que
a assinatura anual (doze números), custava
6$000. O mais impressionante é que
aquela periodicidade mensal foi quase
que rigorosamente mantida
durante os doze primeiros números.
A partir daí, o que é bastante
compreensível, o ritmo não manteve a mesma cadência embora a publicação
continuasse nos anos seguintes até, pelo menos, o N.º 13 e o N.º 14 do
Volume III, impresso em 01 de outubro de 1941. O saudoso Eduardo
Martins da Silva,
além de tudo um
respeitável bibliófilo, assinalou
mais um número do GEGHP - GABINETE DE ESTUDINHOS DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA DA PARAÍBA
(que eu não possuo nem tampouco existe
hoje no acervo
do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano [IHGP], nem ainda
na monumental Biblioteca que foi do saudoso Dr. Maurílio
Augusto de Almeida), ou seja, o N.º 15-16
do Volume III, impresso em 31 de maio de 1942,
aparentemente o último publicado deste periódico, onde estão estampados dois artigos de Coriolano de Medeiros sobre
D. Vital.
Não faz muitos dias que o Dr. Fábio da Rocha, filho do Dr.
Maurílio Augusto de Almeida, com a gentileza que lhe é peculiar, me
facultou a consulta à já citada grandiosa Biblioteca, como no tempo do seu
saudoso pai, para eu ver se poderia ali encontrar exemplares faltantes daquele
periódico. O garimpo
foi, sem dúvida,
bem sucedido e o meu amigo e
colega Dr. Fábio da Rocha me brindou,
em cópias xerográficas, dois exemplares que eu ainda
não possuía, além de me ceder um outro exemplar original, em
duplicata, que eu só possuía sob a forma
de cópia xerográfica. Na ocasião pude manifestar minha gratidão por aquela nímia gentileza
oferecendo-lhe também cinco exemplares do mesmo periódico, em cópia
xerográfica, que ele, por sua vez, não possuía. De todo modo, além daquele exemplar assinalado
por Eduardo Martins
da Silva, do ano de 1942, ainda
me faltam dois outros, respectivamente os de N.º 06 e de N.º 07 do Volume II, cujo
ano de
publicação deve corresponder ao de
1934, sem se poder descartar, entretanto, os anos de 1935 e 1936, pelo menos no que se
refere ao segundo dos dois números. É que, a essa altura, a revista em tela já apresentava um ritmo bastante
irregular pois no ano de 1933
circularam apenas três números (início
do Volume II). O N.º 04 e o N.º 05 do Volume II são de 1934. Existe aí um hiato na minha
coleção para, na sequencia, virem o N.º 08-09 do Volume
II em 1936, o N.º 10 do Volume II em 1936 e o N.º 11-12 do Volume
II em 1936.
Coriolano de Medeiros
Já no primeiro número desse periódico
(27 de outubro de 1931) o Prof. Coriolano de Medeiros dava à
luz um artigo seu intitulado Outrora e Hoje: Fisiografia do local onde Martim
Leitão situou a metrópole paraibana. Mas o que eu desejo aqui não é
propriamente nominar cada trabalho por ele publicado naquela revista, embora possa dizer que todos os números que possuo apresentam a contribuição de Coriolano de Medeiros (expressamente declarada ou não).
Talvez até em decorrência do fascínio que as fontes primárias
exercem sobre mim, uma das cousas que eu pretendo destacar naquele
periódico é a sua secção de
DOCUMENTOS onde se encontra um inestimável acervo de peças cartoriais, transcritas ali na íntegra, peças estas que com muita probabilidade correm o risco de não mais existirem em
qualquer outro local. Vários dos
documentos ali publicados, originais ou em cópia,
haviam pertencido ao próprio Prof.
Coriolano de Medeiros mas, ao que tudo indica, estão hoje
irremediavelmente perdidos. Embora sem
muita esperança, não se pode
descartar a remota chance de, através
de uma laboriosíssima pesquisa nos antigos
cartórios deste Estado, particularmente os do interior, se poder vir a resgatar pelo menos alguns daqueles
documentos somente publicados no periódico
GEGHP - GABINETE
DE ESTUDINHOS DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA DA PARAÍBA.
O primeiro documento transcrito nessa revista é uma “Procuração bastante
que faz Leandro Nunes de Figueirêdo, morador da fazenda dos Patos na Ribeira do Espinharas em
1764”
(Documento pertencente a Coriolano de Medeiros).
A seguir
vem uma “Escriptura [do dia 17 de julho de 1768] de doação
para patrimonio que fazem o
Tent. Cel. Caetano Dantas Correa e m.er [mulher] D. Josefa de Arº [Araujo]
Per.ª [Pereira] de meya legoa
de
terra na serra
chamada do Coyté da freg.ª [freguesia] da Senhora Sant’Anna do Seridó para
a Capella que na ditta serra
pretendem erigir
com
a invocação [de] Nossa Senhora das Mercês”
(Documento pertencente a Coriolano de
Medeiros).
Em seguida vem um
documento, talvez o mais precioso de todos, que corresponde à terceira carta de data em sesmaria
na então incipiente Capitania
da Paraíba, outorgada
no dia 03 de junho de 1587 no
rio Jacuípe, próximo
ao Forte Velho, a “Amador
de Resende”, nome este que deve ser entendido como Amaro de Resende, figura
bastante conhecida naquela época (Cópia
pertencente a João Domingos dos
Santos). Perceba-se que esta carta de data sequer foi assinalada por João de Lyra Tavares nos seus Apontamentos para a
História Territorial da Parahyba.
Temos também uma “Escriptura de venda
[a 11 de dezembro de 1767] de hum sitio de terras
de
criar gados chamado
Poção [na Ribeira
do Piancó] que fasem Diogo Fern[ande]s. Per[eir]a.
e sua molher Maria Ferreira da Rocha a Franc.º [Francisco] de Mello Leite” (Documento de Coriolano de Medeiros).
É de se citar ainda um “Traslado
de Escritura [a 05 de fevereiro
de 1799] de Thomé Alves da Costa da compra que faz do sitio Riacho Verde [na Serra do Teixeira]
a Antonio de Andrade
Baptista e sua molher” (Documento
de Pedro Baptista Guedes).
Temos ainda um auto
de “Posse [em 15 de outubro de 1667]
que toma o Governador André Vidal de Negreiros do Engenho e sitio Massangana da envocação [de] Nossa Senhora d’Agua de Lupe, termo da Cidade [de] Nossa Senhora das Neves, Cappitania
da Parahiba” (Documento de João Domingos dos Santos).
Há também um
“publico estromento de perdão e declaração
de verdade que dá [no dia 22 de junho de 1675] Caterina
Soares molher de Rodrigo Soares ao Cappitão-Mor Agostinho
Cezar de Andrade” (Documento de João Domingos
dos Santos).
Temos também uma
“Escriptura de perdão que
[no dia 14 de abril de 1768] dá Antonio
Gomes de Britto a João Felippe Bezerra nesta Povoação
de Nossa Senhora do Bom
Sucesso do Piancó, capitania da Parahiba
do Norte” (Documento de Coriolano de Medeiros).
Há ainda
a “Escriptura de venda [a 23 de novembro de 1668]
de
hu engenho de assucar [, o Massangana,
sob a invocação
de Nossa Senhora da Água de Lupe, no Itapuá,] e suas pertenças, que faz
o Governador André Vidal de Negreiros ao Mestre de Campo Antonio Curado Vidal” (Documento de João Domingos
dos Santos).
Complementando o documento anterior
existe também o “Auto de
pose [sic] que toma [no dia 25 de novembro de 1668] o Mestre de Campo Antonio Curado Vidal do engenho [Massangana] e terras conteúdas no Tapuhá”
(Documento de João Domingos dos Santos).
Pode igualmente ser
mencionado aqui a “Escretura [a 12 de junho de 1675] de doação de huma sorte de terras
que fazem Sebastião Delgado e sua molher Natalia
da Silva á Virgem Nossa Senhora da Conceição da
Capella da Aldeia de Joacoca” (Documento de João Domingos dos Santos).
Ressalto ainda no dia 09 de dezembro de 1670 a “Escritura de venda à retro aberto, ou seja, sob a condição de o trato se
desfazer com a devolução, ao comprador,
da quantia por ele originalmente paga] que faz [o Capitão] Duarte Gomes da Silveira, neto do homônimo
seu, bem mais famoso], [d]o Engenho Novo, Sto. Antonio,
ao Sr. Governador André Vidal de Negreiros” (Documento de João Domingos dos Santos).
Para concluir
diga-se que esses valiosos dados aqui assinalados representam apenas uma pequena
ilustração do precioso
acervo documental que aquela modesta
e relativamente pouco
conhecida, porém importantíssima revista paraibana publicou com
a inestimável participação de
Coriolano de Medeiros e o registro que acabo de salientar constitui o fulcro da minha homenagem
a este saudoso polígrafo.
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